quinta-feira, 10 de março de 2011

ser vento

0 Vento de Vladimir Kush

No sobressalto do vento
A brisa não nos diz nada
Afaga seara verde
Rodopia devagar
Doce calma vagarosa
Morno sentir prazeiroso
Embalo dengo dengoso
Utopia de Verão
É vai e vem consentido
Assumido de bem querer
É volta por desfazer
É sufoco envolto em pranto
Transporte de dissabores
Marcha lenta inesperada
Volta de esquina forçada
Olhar turvo a contragosto
Pois ser vento era suposto
Acontecer trovoada


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15 Comentários:

Blogger Breve Leonardo disse...

[como um suave embalo,
vento como voo da ave]

um imenso abraço,

Leonardo B.

10 de março de 2011 às 19:15  
Blogger Unknown disse...

Um poema muito agradável.
Um vento que passa, afaga e não força.
Uma marcha lenta num olhar transparente.

10 de março de 2011 às 20:54  
Blogger Zélia Guardiano disse...

Lindíssimo poema, MariaIvone querida!
Quanta musicalidade!
Leve como pluma...
Uma delícia!
Abraço, amiga.

11 de março de 2011 às 00:02  
Blogger Mª João C.Martins disse...

No sobressalto do vento, uma brisa de lucidez, envolvente e melodiosa que faz desejar sentir de frente e sem receios, a força da ventania.

Muito bom, MariaIvone... como uma brisa!

Beijinhos

11 de março de 2011 às 18:43  
Blogger Lilá(s) disse...

Não sei fazer poesia por isso vou-me contentando com a dos amigos...gosto do embalo...
Bjs

11 de março de 2011 às 23:44  
Blogger Alfredo Rangel disse...

Ivone

Ser vento é
desafiar a ordem das coisas,
desalinhar o cabelo da moça bonita,
levantar o pó,
que é para onde todos voltaremos,
amainar o calor desta tarde
modorrenta...
Ser vento é
desatinar...

Parabéns e um grande beijo.

13 de março de 2011 às 19:09  
Blogger Mel de Carvalho disse...

Há uma lucidez a rasgar cada silaba, uma aragem dulcíssima a afagar a boca da palavra

e eu não sei dizer que não seja

"no sobressalto do vento"
sobe "li_belíssima" a palavra...


beijo Ivone, com gratidão
Mel

13 de março de 2011 às 23:05  
Blogger manuela baptista disse...

manso vento

sem trovão
sem nada

um sobressalto bom, Maria Ivone!

e...adoro Vladimir Kush...

um beijo

manuela

16 de março de 2011 às 19:50  
Blogger dade amorim disse...

Suavidade da ventania, doçura da brisa. Por aqui, a chuva não está pra brincadeiras. Mas o poema vale a pena, é belo.

Beijo grande.

17 de março de 2011 às 04:10  
Blogger Lídia Borges disse...

O sopro de poesia oscilante, ao sabor do vento.

Um beijo

17 de março de 2011 às 17:27  
Anonymous Anónimo disse...

Mariaivone,

Que vento , que brisa boa tem seus versos ...
Adoro sua poesia !


Bjo e uma Tarde de Paz.

17 de março de 2011 às 18:21  
Blogger Batom e poesias disse...

Querida amiga
Seguindo a trilha dos ditos populares, teu poema lembrou-me um: "Quem semeia ventos colhe tempestade".
Mas nem sempre...

Beijo carinhoso.
Rossana

17 de março de 2011 às 19:17  
Blogger Ingrid disse...

vento e trovoada..
sempre nos agita a alma..
beijos querida!

20 de março de 2011 às 13:45  
Anonymous automoveis disse...

Adorei, principalmente este poema. Acho que merecia um titulo mais criativo, a minha sugestão é "Sonhos".
Obrigado por ter partilhado.

11 de novembro de 2011 às 21:53  
Blogger Insana disse...

Amei!!!

22 de julho de 2012 às 05:20  

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