telhados de vidro
Poema enviado a concurso em 1985
obviamente não seleccionado
Não se fechem as gavetas entreabertas
Para que se limite a poesia
A um número restrito de poetas
Abram-se as gavetas que ocultam poesia
E leia-se alto os poemas escondidos
Todo o poeta tem a importância de ser gente
Não tendo que ser diferente
Nem pertencer aos escolhidos
Não se criem critérios
De exclusão permanente ou inclusão vitalícia
Abram-se os olhos à melodia das palavras
Estética sentida dos sentidos do poeta
E porque por vezes os telhados são de vidro
Não metam este poema na gaveta
Para que se limite a poesia
A um número restrito de poetas
Abram-se as gavetas que ocultam poesia
E leia-se alto os poemas escondidos
Todo o poeta tem a importância de ser gente
Não tendo que ser diferente
Nem pertencer aos escolhidos
Não se criem critérios
De exclusão permanente ou inclusão vitalícia
Abram-se os olhos à melodia das palavras
Estética sentida dos sentidos do poeta
E porque por vezes os telhados são de vidro
Não metam este poema na gaveta
6 Comentários:
que bom que vc abriu
sua gaveta para que pudéssemos
ler tão belo poema, que sem duvidas poderia fazer parte de qualquer coletanea.
abçs poeticos
"Soltem as fechaduras das portas! Soltem também as portas dos seus batentes!"
(Allen Ginbesrg)
Tããão verdade...
Os poetas são gente, as gentes são poetas...
Não há distinção, muito menos restrição...
As gavetas? Ah, elas devem servir para roupas ou objetos sem uso (ou mesmo os secretos) não para poemas, não para VIDA!
Amei, amei e amei!
Beijo!
Às vezes penso que há uma certa tendência a criar "modas" para a poesia. Quem faz um poema de verdade não merece nunca ficar na gaveta.
Gostei da visita, do comentário e de seu poema sincero.
Um beijo.
Olá,
tem um presente pra vc
no blog:
http://wwwluneta-poesias.blogspot.com/
abçs
Não celecionado porque enquanto eles fogem da verdade os outros não fogem das gavetas.
Adorei esta verdade verdadeira!
Estou te seguindo
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