quarta-feira, 31 de março de 2010

"in suspenso"

Podia escrever tanto e tanto mais
Sem que a tinta se esgotasse nos tinteiros
Mágica poesia em palavras contada
Percorrida em sonhos criados no ar
Mas fica a tinta seca no aparo
Suspensa a escrita
Imóvel o poeta
Descai-lhe a testa da mão que a ampara
Descansa o corpo
Aconchega o espaço
E de olhos semicerrados
Desliza na leitura das palavras por escrever

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sexta-feira, 26 de março de 2010

hoje é sexta-feira

É às sextas-feiras
É inevitável
É como um presente
Que vem de repente
Para compensar
Os bens comportados
Durante a semana
Que está a acabar

É como nos contos
De final feliz
Tudo se prepara
De segunda à quinta
Por motivos vários
Que ninguém entende
Para que na sexta
Seja o “happy end”

Mas há outras vezes
Em que um só minuto
Representa tanto
Em termos de tempo
Que é como se fossem
Muitas sextas-feiras
Todas concentradas
Num simples momento

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quarta-feira, 24 de março de 2010

para ti amigo

A ave lilás
de asas azuis
que em ti existe
respira sossego
como se à noite
só fosse possível
estar acordado
de olhos abertos
medindo distâncias
em anos de luz
tornando pequeno
o espaço e o tempo

que separa o querer

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sexta-feira, 19 de março de 2010

às vezes!

Às vezes sou preguiçosa
Mole
Lenta
Desatenta
Deixa andar
Logo se vê
Quem vier que feche a porta
Se não fechar não importa
Aberta está mal porquê?

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quarta-feira, 17 de março de 2010

cansei!

Não há margem
Esgotou-se o limite entre o mais e menos
Espaço de tolerância
Inexistente
O rio pode correr velozmente
Desde que seja em frente
A mais ínfima partícula
É um excesso
E qualquer gota
Inundação

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segunda-feira, 15 de março de 2010

prenúncio de primavera






A magnólia floriu e as processionárias sairam dos seus ninhos para, em procissão, procurarem no solo um local adequado para se transformarem em borboletas

sábado, 13 de março de 2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

rentrée



Passado que é um ano sobre as minhas experiências escondidas neste mundo da blogosfera, não me parece ter evoluído grande coisa. No entanto decidi abrir oficialmente as portas ao público e preencher este espaço com "tudo o que me vier à cabeça".
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Vou viver dos rendimentos, por isso muitas das postagens serão relíquias retiradas "da gaveta". Gaveta que antes apenas se entreabria aquando das eventuais procuras de algo perdido e que agora, por via das arrumações, se encontra quase escancarada. Confesso que este escancaramento me trouxe algumas surpresas. Não me lembrava de todo de algumas coisas que encontrei, são registos do passado que tornam o meu presente mais rico.


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