sete

...................................do google

Sete elementos
Sete coelhos correndo
Sete vidas para viver
Sete desgostos a ter
Sete sobras de repolho
Sete sentidos ocultos
Sete varas de espigão
Sete palavras finais
Aperta teu coração
Sete amores será demais

sem aviso

Gosto de escrever poemas
De rompante sem aviso
Palavras soltas que correm
Qual desnorte intempestivo
Sem direcção sem sentido
Despejadas em avulso
Agrupadas à molhada
Sem mensagem ou intenção
É apenas um impulso
De dizer o que não sei
Como p`ra dizer a alguém
E esse alguém seja eu

o que faz falta!

Regar Abril

as glicínias do dezasseis

Os troncos retorcidos e entrançados que se deixam ver no Inverno, cobrem-se de lilás efusiva e deslumbrantemente, surpreendendo cada um em cada Primavera. Logo de seguida, quase inesperado, aparece o verde. Por fim pequenas vagens baloiçam suspensas ao ritmo do vento na esperança de um encontro feliz com o solo fértil.
São assim as mudanças que ao longo do ano a glicínia do dezasseis nos oferece.

depois da chuva

Uma lamparina, três agulhas de pinheiro, um copo que encheu com a água da chuva

as manhãs do poeta

...............................................José Boldt/2005

O poeta de manhã
Olha o mundo devagar
Cai na poça
E dá um passo
Com salpicos ao redor
Pensando com seus botões
Que podia ser pior

são sustos!

Que susto
Aquele busto me meteu
Quando olhei para ele
E ele me viu

Solene
Como qualquer busto
Quando descoberto tremeu
Já não estava habituado
A ser olhado
Desde que fora posto de lado

E por breves instantes
Perdeu a postura
Inalterável dos bustos
Deixando transparecer
Que me estava a ver

São sustos!

temos artista

Diz que não sabe desenhar!
Pelo que se vê parece que não é verdade.
Continua Lalinha, estão lindos os teus desenhos.
Ficamos à espera!!!