construção
Maurits Cornelis Escher
(Por inépcia, ao alterar a imagem desta postagem, apaguei alguns comentários.
Peço desculpa pelo desaparecimento repentino e agradeço a todos os apagados.)
A construção está a meio
(Por inépcia, ao alterar a imagem desta postagem, apaguei alguns comentários.
Peço desculpa pelo desaparecimento repentino e agradeço a todos os apagados.)
A construção está a meio
A meio de terminar
A meio da avenida
A meio da hipoteca
E não é que com a breca
No meio da construção
Mesmo a atrair os olhares
Está uma placa colorida
Dizendo "Vende-se andares"
A construção está meio
Completamente direita
Toda a estrutura está feita
E quem para ela olhar
Vê uma rede infinita
De quadrados sucessivos
Que se elevam incompletos
O que para uns é chão
Para outros serão tectos
A construção está a meio
Mas um pouco mais ao lado
Existe um andar modelo
Que garante a quem for vê-lo
A visão antecipada
Da construção acabada
E à custa do muito querer
E à força de tanto olhar
Começa-se a construir
A esperança de quem não tem
Qualquer sítio onde morar
A meio da avenida
A meio da hipoteca
E não é que com a breca
No meio da construção
Mesmo a atrair os olhares
Está uma placa colorida
Dizendo "Vende-se andares"
A construção está meio
Completamente direita
Toda a estrutura está feita
E quem para ela olhar
Vê uma rede infinita
De quadrados sucessivos
Que se elevam incompletos
O que para uns é chão
Para outros serão tectos
A construção está a meio
Mas um pouco mais ao lado
Existe um andar modelo
Que garante a quem for vê-lo
A visão antecipada
Da construção acabada
E à custa do muito querer
E à força de tanto olhar
Começa-se a construir
A esperança de quem não tem
Qualquer sítio onde morar
Etiquetas: da gaveta
7 Comentários:
Adorei!
Como engenheiro que sou, seria um belo poema a ser utilizado na divulgação de um edifício.
Quem sabe um dia não construo um desses grandes e te peço o poema para a divulgaçãoa poética?
Beiijo grande,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
que bela poesia! concreta e sonhada...
beijos
O poeta é assim, junta palavras e faz maravilhas! que beleza!
bjs
"O que para uns é chão
Para outros serão tectos"
Que belíssimos versos!
Beijo,
Doce de Lira
O poema, bem construído, é quase concretista e usa as palavras certas nas estrofes exatas.
Muito bom!
Beijo.
Realmente uma bela construção...
abraço
tijolo por tijolo, num desenho mágico - sonhos se constroem assim. a casa é uma necessidade ancestral - constuo tantas e não tenho a minha, acredita? :) beijo!
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial